A Comissão do Aterro Sanitário da Câmara Municipal de Sorocaba visitou, nesta quarta-feira, 23, o aterro sanitário de Angatuba, município situado a 181 quilômetros da capital. A visita faz parte de uma série de ações e estudos que estão sendo empreendidos pela comissão no sentido de encontrar soluções para o problema do lixo em Sorocaba. Como os vereadores já visitaram um aterro privado (o da Estre Ambiental em Paulínia), a visita a um aterro público teve o objetivo de traçar um comparativo entre os dois modelos.
Os vereadores João Donizeti (PSDB), Izídio de Brito Correia (PT), Geraldo Reis (PV), Luis Santos (PMN) e Gervino Gonçalves (PR), o Cláudio do Sorocaba I, foram recebidos pelo vice-prefeito Pedro das Dores Hergessel (PV), já que o prefeito Carlos Augusto Turelli (PSDB) estava participando de encontro em Brasília.
O aterro sanitário de Angatuba está entre os cinco melhores do Estado, segundo avaliação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), merecendo nota 10 em índice de qualidade de tratamento de resíduos. O aterro, que chegou a receber nota 2,6 em 2003, saltou para 9,6 no ano seguinte, iniciando um processo de qualificação que não parou mais. Nas três últimas avaliações da Cetesb, desde 2006, o aterro de Angatuba vem recebendo nota 10 todos os anos. Entre os segredos do sucesso estão: a coleta seletiva de lixo, o tratamento adequado dos resíduos e a boa localização, longe de moradias e mananciais.
Para o vereador João Donizeti (PSDB), presidente da Comissão do Aterro Sanitário, o aterro de Angatuba — cercado de muito verde e sem nenhum mau cheiro — é ideal para municípios de pequeno porte, como Angatuba, que tem uma população de 21.523 habitantes, segundo IBGE. O município, com área de 1.029 quilômetros quadrados (bem mais que os 449 quilômetros de Sorocaba), tem uma expressiva área rural.
Segundo dados da Cetesb, relativos a 2008, o aterro de Angatuba processa diariamente cerca de 6,3 toneladas de lixo. Já o de Sorocaba processou 399,7 toneladas no mesmo ano. Isso faz com que o chorume e o gás metano produzido pelo aterro não causem danos ambientais, por serem em quantidade desprezível. Já o custo mensal do aterro para o município gira em torno de 2 mil reais por mês.
A coleta seletiva, segundo os responsáveis pelo aterro, é desenvolvida em todo o município, com uma intensa participação dos alunos das escolas locais. Já o processo de separação do lixo é realizado por 25 funcionários, 15 dos quais são cooperados e 10, diaristas. Na próxima terça-feira, 29, a Comissão do Aterro Sanitário realiza audiência pública na Câmara Municipal para discutir a questão do lixo.
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